Política

Henrique Meirelles é cotado para substituir Graça Foster na Petrobras

04 fev 2015 às 14:22

Na lista dos cotados para substituir a presidente da Petrobras, Graça Foster, que renunciou ao cargo nesta quarta-feira, 4, estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX, e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli.

A Petrobras informou hoje, em ofício encaminhado à BM&FBovespa, que Graça Foster e outros cinco diretores apresentaram pedidos de renúncia aos cargos. O documento foi elaborado em resposta a pedidos esclarecimentos sobre as notícias em relação à substituição na presidência, da estatal, que geraram forte alta das ações no pregão dessa terça-feira, 3. Ainda segundo o ofício, a nova diretoria será eleita em reunião do Conselho de Administração nesta sexta-feira, 6.


"Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova diretoria face à renúncia da presidente e de cinco diretores", diz o texto. Além de Graça, outros seis diretores respondem pelo comando da estatal. São eles: Almir Guilherme Barbassa (área Financeira), José Alcides Santoro Martins (Gás e Energia), José Miranda Formigli Filho (Exploração e Produção), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Antônio de Figueiredo (Engenharia) e José Eduardo de Barros Dutra (Serviços).


A expectativa de mudanças na troca do comando fez com que as ações preferenciais da Petrobras subissem 15,74%, a R$ 10, atingindo a maior alta desde 15 de janeiro de 1999. As ações ordinárias tiveram alta de 14,23%, a R$ 9,79. A reação motivou o pedido de esclarecimentos da BM&FBovespa e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A nota enviada pela petrolígera não menciona o nome dos demais diretores.



Governo


A mudança do comando da empresa foi acertada com a presidente Dilma Rousseff, que comunicou a decisão a Graça em reunião realizada nessa terça-feira, no Palácio do Planalto. A saída da presidente da companhia está atrelada apenas à aprovação do balanço do terceiro trimestre de 2014 da estatal, divulgado sem contabilizar as perdas provocadas pelo esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato.


Com a formalização da renúncia, o governo terá menos de 48 horas para anunciar os novos integrantes da diretoria da companhia. A expectativa é que seja indicado um nome do mercado para substituir a executiva. Na avaliação de Dilma, depois da Lava Jato, a companhia precisa de um nome de peso para limpar sua imagem.

No encontro com Dilma, Graça deu demonstrações de que está esgotada. O fogo amigo contra ela foi desencadeado com a decisão de não poupar mais o ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli, amigo de Lula, dos problemas da administração anterior.


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