O superintendente da Sexta Região Fiscal, auditor fiscal Mário José Dehon, um dos responsáveis pela Operação Capitu, afirmou em coletiva de imprensa que há indícios de crime eleitoral no esquema. "Não estamos frente somente a possibilidade de corrupção ativa e passiva e crime de lavagem de dinheiro, estamos prestes a provar crime eleitoral também", afirmou o auditor nesta sexta-feira (9).
Segundo a força-tarefa da Polícia Federal, Receita e Procuradoria, o esquema envolvia frigoríficos, políticos e escritórios de advocacia.
Uma das maiores redes de supermercados do País também teria integrado a engrenagem de lavagem de dinheiro oriundo do esquema, repassando aos destinatários finais os valores ilícitos em dinheiro vivo e em contribuições "oficiais" de campanha.
Segundo os investigadores, "há grandes indícios de que doações eleitorais que tinham aparência de legalidade eram feitos por via transversal por essas redes de supermercado".