A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, confirmou nesta sexta-feira (27) que pretende deixar o cargo em janeiro, mas evitou antecipar publicamente as ambições políticas para as próximas eleições. "A decisão de concorrer ao governo (do Paraná) vai ser tomada no ano que vem, e após a minha saída da Casa Civil. Então não tem uma decisão tomada ainda", disse a ministra, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. A ministra garantiu que a troca de comando na Casa Civil não será demorada nem difícil e se colocou à disposição para prestar esclarecimentos ao seu sucessor.
Conforme informou na quinta-feira o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Gleisi e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, devem deixar seus cargos em janeiro, antes dos demais colegas que sairão até o fim de março para disputar as eleições. Gleisi deve ser candidata do PT ao governo do Paraná e Padilha concorrerá, pelo mesmo partido, à sucessão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), em São Paulo.
"A decisão de concorrer ao governo vai ser tomada no ano que vem, e após a minha saída da Casa Civil. Então não tem uma decisão tomada ainda. É uma avaliação política que não quero misturar enquanto estou exercendo a função aqui. Gosto de separar as coisas. Eu solicitei à presidente (Dilma Rousseff) o afastamento, o tempo de afastamento é a decisão da presidente, e obviamente ao ela informar esse tempo, vamos fazer a devida transição", afirmou Gleisi.
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"A referência (para deixar a Casa Civil) é para sair em janeiro, eu particularmente prefiro, a presidenta também tinha essa data como referência." Questionada por repórteres sobre quem seria seu sucessor à frente do cargo, a ministra retrucou: "Se vocês souberem, vocês me falam." O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e o secretário-executivo do Ministério da Previdência, Carlos Gabas, são cotados.
Transição
Gleisi disse não saber quanto tempo será necessário para a transição na Casa Civil e garantiu que vai estar "à disposição sempre que o próximo ministro ou ministra precisar".
"Nós temos uma equipe que é uma equipe que tem estabilidade, tem todo o corpo funcional da Casa Civil que sabe a situação de cada programa, de cada ato, que acompanha, não é uma transição difícil, tem informações, tem assessoria. Não é algo demorado e mesmo eu saindo vou estar à disposição para prestar informações e esclarecimentos", disse.