Política

Gaeco nega tortura psicológica contra réu da Voldemort

25 nov 2015 às 12:33

O delegado do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Londrina, Alan Flore, chamou de "fantasiosa" a versão apresentada pelo mecânico Ismar Ieger durante audiência da Operação Voldemort, na 3ª Vara Criminal, na última segunda-feira (23). Em depoimento, o réu alegou que foi "torturado psicologicamente" pelos policiais do Gaeco em 16 de março deste ano, dia no qual foi preso suspeito de integrar um esquema que teria fraudado a contratação de uma oficina mecânica, por parte do Governo do Estado, na região de Londrina. "Ele vai precisar provar que isso aconteceu e, se não conseguir, vai responder criminalmente por essa alegação", destacou Flore em entrevista à rádio Paiquerê AM.

O delegado, presente no dia da prisão de Ieger, garantiu que todas as medidas legais foram cumpridas pelos promotores. Ele também chamou a atenção para o fato de a suposta tortura ter sido mantida em sigilo pela defesa do suspeito até o dia da audiência da Voldemort. "Não houve qualquer tipo de alegação dessa natureza enquanto investigávamos o esquema, tampouco quando a ação foi apresentada à Justiça", disse.


Pelas investigações, o empresário Luiz Abi Antoun, parente distante do governador Beto Richa (PSDB), seria o líder de uma organização criminosa que fraudou a contratação de sua empresa, a oficina mecânica Providence, de Cambé, registrada justamente do mecânico Ismar Ieger, considerado "laranja" do esquema.

Ele e os demais réus do caso foram ouvidos pela Justiça na audiência da última segunda-feira e apresentaram uma nova versão para o caso.


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