O repórter Fernando Rodrigues, responsável pela revelação do suposto caixa dois da campanha de Cassio Taniguchi, tem um histórico jornalístico de revelações bombásticas. Venceu o Prêmio Esso de Jornalismo em 1997 por uma série de reportagens sobre a compra de votos de deputados para a aprovação da emenda da reeleição. Na época das reportagens, a Folha de S. Paulo o anunciava como um anônimo e misterioso "Senhor X". Mais tarde sua identidade foi revelada.
Respeitado como um dos mais experientes jornalistas políticos do país, Fernando Rodrigues rebateu em um artigo publicado pelo Instituto Gutenberg os que classificavam seu trabalho jornalístico de "denuncismo": "Bom jornalismo é aquele que investiga, apura fatos, checa informações, não fere a ética, dá espaço para todos os lados apresentarem suas versões. E só depois torna pública uma informação. Noticia um fato. (...) Já o mau jornalismo é aquele que fere a ética. Prefere a rapidez da apuração em troca de uma divulgação espalhafatosa de um fato não inteiramente checado."
No final de 1998, Fernando Rodrigues publicou uma série de reportagens conhecidas como "Dossiê Cayman" ou "Dossiê Caribe", referência às supostas contas secretas de políticos do governo federal em paraísos fiscais da América Central. As denúncias geraram uma CPI no Congresso Nacional. Em 1999, a Polícia Federal pediu a quebra do sigilo telefônico do repórter e da Folha de S. Paulo, após o jornalista negar-se a revelar suas fontes. Um juiz federal negou o pedido com base no 5º artigo da Constituição, que garante ao jornalista o anonimato da fonte.