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Piora quando chove

Famílias do Eli Vive reclamam das más condições das estradas do assentamento

Pedro Marconi
28 nov 2023 às 18:47

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Cerca de 250 famílias do Eli Vive, na zona rural de Londrina, protestaram nesta terça-feira (28) na prefeitura contra a situação das estadas rurais do assentamento, que no total tem 109 quilômetros de vias de terra. “Está em estado de calamidade. Não temos mais o que fazer, não existe mais estrada. Chegou um ponto que não podemos nem chamar de carreador mais”, desabafou Sandra Flor Ferres, uma das lideranças da comunidade.

Segundo os moradores, a situação piorou com as chuvas registradas nos últimos dias. “Têm crianças não estão conseguindo chegar na escola há duas semanas. Somente aquelas que ficam perto ainda conseguem, porque vão a pé. Mas as que moram longe, porque o assentamento é grande, não. Tem criança que vive perto do distrito de Paiquerê”, relatou.


Outra dificuldade é a produção agrícola da comunidade, que fica a 53 quilômetros de distância do centro. “Estamos prestes a fazer a colheita do feijão e do jeito que está não vamos conseguir escoar. Temos tido problemas para a merenda escolar chegar na cidade. A produção de hortaliças de diversas famílias está perdendo, porque não é possível levar para a Ceasa. Tudo por conta da estrada”, listou.

O Eli Vive foi criado oficialmente em 2010 pelo Governo Federal e possui uma área de mais de 7,3 mil hectares, sendo o maior assentamento em regiões metropolitanas do Brasil. São 501 famílias, que totalizam uma população superior a três mil pessoas. Em março, a comunidade denunciou a falta de estrutura das estradas ao MP-PR (Ministério Público do Paraná).

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Segundo Ferrer, os moradores que estiverem no prédio do Executivo, nesta terça-feira, foram recebidos posteriormente pelo prefeito, Marcelo Belinati, e secretários municipais. “O representante do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) esteve presente e foi prometido pelo município que a partir de quarta-feira (29) os pontos críticos serão mapeados junto com as famílias para um trabalho paliativo, em que vão passar máquinas para nivelar e será jogado cascalho”, destacou.

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