Depois de mover ação por improbidade administrativa contra o deputado estadual Boca Aberta Jr. (Pros), por suspeita de desviar kits esportivos entregues a escolas estaduais de Londrina, após reportagens exclusivas da FOLHA no final de abril, o Ministério Público também formalizou nova denúncia contra o parlamentar, seu pai, o deputado federal Boca Aberta (Pros), e a mãe, vereadora londrinense Mara Boca Aberta (Pros), acusados de serem beneficiários de um esquema de rachadinha no gabinete do deputado estadual.
Em entrevista coletiva concedida na sede do Gaeco (Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado) em Londrina, nesta sexta-feira (21), o promotor Renato de Lima Castro disse ter provas de que a família retirava parte dos salários de assessores de Boca Aberta Jr. para pagar despesas pessoais, como IPTU e contas de luz, e comprar cestas básicas doadas a comunidades atendidas pelo deputado federal em Londrina.
"O Boca Aberta pai e a Mara Boca Aberta se valiam das suas condições de superiores hierárquicos (de Boca Aberta Jr.) e exigiam de seus assessores pagamentos indevidos, isto é, propina, para que pudessem pagar despesas pessoais, aluguéis, contas de luz, camisetas do Boca Aberta, cestas básicas e IPTU", afirmou o promotor, acrescentando que o MP tem a comprovação de que um ex-assessor de gabinete "pagou IPTU da família Boca Aberta, transferiu esses valores da conta dele para pagamento de R$ 949 reais".
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