O presidente da Codel (Instituto de Desenvolvimento de Londrina), Fábio Cavazotti, enviou na última quinta-feira (22) um ofício para o presidente da CML (Câmara Municipal de Londrina), vereador Emanoel Gomes (Republicanos), defendendo a aprovação do PL (Projeto de Lei) n° 176/2024, que viabiliza a nova sede do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina) e da Codel.
Após questionamentos da equipe de transição do prefeito eleito Tiago Amaral (PSD), o projeto teve sua votação em segundo turno adiada por três sessões a pedido do líder do governo, vereador Eduardo Tominaga (PP). A tendência é que volte à pauta da CML na quinta (28), ainda em um cenário incerto.
O impasse envolve dois terrenos localizados na avenida Waldemar Spranger, na zona sul de Londrina. O imóvel do município tem 3 mil metros quadrados e é avaliado em R$ 9,4 milhões. A gestão Marcelo Belinati (PP) quer trocá-lo por um terreno de mil metros quadrados com 2 mil metros quadrados de área construída, com valor de R$ 8,8 milhões. A diferença de cerca de R$ 600 mil será paga pelo proprietário ao município.
Cavazotti lembra que o PL 176, que tramita em regime de urgência, foi aprovado no último dia 14 com 17 votos favoráveis. Na sessão seguinte, com a articulação da equipe de Amaral, foi retirado saiu de pauta. Ele aponta que a Codel estuda a possibilidade de uma nova sede desde o começo de 2024.
“Tal fato nos causou surpresa e preocupação, em especial por se tratar de uma equipe com características técnicas, mas que não procurou informações junto à Codel ou ao município que lhe permitisse um juízo de valor sobre a importância do tema. Se houvesse tal contato, teríamos tentado esclarecer previamente todas as dúvidas da nova equipe, assim como apresentá-la o imóvel, etc. Seria extremamente legítima essa diligência”, escreve Cavazotti, que entende que a interferência coloca “em grave risco o futuro próximo do instituto”.
O aluguel da sede atual, que fica na avenida Adhemar Pereira de Barros, termina em 31 de dezembro e não deve ser renovado.
À FOLHA na última quinta, o coordenador de transição de Amaral, Gerson Guariente, disse que a equipe pediu mais tempo para analisar o PL. “Temos que olhar quais foram as razões. Existem com certeza vantagens que serão apresentadas”, afirmou.