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Redemocratização

Exposição lembra os 30 anos das ‘Diretas Já’, que começaram em Curitiba

Rodrigo Batista - Redação Bonde
12 jan 2014 às 16:37

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Um ônibus biarticulado foi estacionado neste domingo (12), na Boca Maldita, centro de Curitiba, para trazer uma exposição sobre os 30 anos do primeiro comício nacional das ‘Diretas Já’, movimento que pedia o retorno das eleições diretas para presidente da República. A capital foi a primeira cidade do Brasil a realizar comícios pela redemocratização.

Depois de Curitiba, que realizou o comício no dia 12 de janeiro de 1984, com a presença de 40 mil pessoas, os comícios se espalharam por todo o Brasil. Símbolo do transporte público de Curitiba, o ônibus foi decorado tanto na parte interna quanto externa para que o público acompanhasse uma exposição.

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Dividida em três partes, a exposição relembra o início dos anos de chumbo (em 1964), passa pelo início das Diretas Já em Curitiba e chega ao momento em que os comícios se espalham pelo País. Segundo a funcionária do departamento de Marketing da Secretaria Municipal de Comunicação Social de Curitiba, Claudia Wasilewski, o objetivo é trazer a exposição para o lugar onde ela aconteceu naquele dia 12 de janeiro de 1984.

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"Não teria como ambientar na Boca Maldita, então trouxemos o biarticulado para o local". Segundo ela, é importante mostrar na exposição como a capital concentrou, naquele dia, pela primeira vez nomes importantes para a redemocratização, como Ulisses Guimarães e Tancredo Neves, além dos paranaenses Maurício Fruet e José Richa. "Parece que a imprensa nacional não assume essa vanguarda paranaense", diz Claudia.

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Théo Marques
Théo Marques


Opinião do público - a carioca Brenda Santos, de passagem por Curitiba, gostou da exposição. "Pelo conteúdo achei bacana, mas achei interessante de ser dentro de um ônibus, pela possibilidade de ser algo itinerante". Ela também acho interessante o fato de Curitiba ter sido a primeira cidade com comícios das Diretas Já. "Hoje não vemos tanta iniciativa partindo de Curitiba. O Brasil hoje vive numa inércia. Curitiba hoje para algumas coisas também está na inércia. Achei bacana ter partido daqui".


O historiador Julio Alexandre, que é paulista e mora em Curitiba há 15 anos, acredita que a exposição deveria ser feita também em outras cidades. "A ideia tem que sair daqui e ir para outros lugares. Tem que levar para outros bairros, outras cidades, porque tem muita gente que não sabe o que foi a história da Ditadura Militar".

A exposição fica aberta até o dia 23 de janeiro, das 11h às 21h, com entrada gratuita.


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