A criação de comissões para a reforma política, na Câmara dos Deputados e no Senado, é o primeiro passo para que o Congresso Nacional promova as mudanças para dar mais respaldo à vida político-partidária do país. A afirmação foi feita hoje (8) pelo presidente da Câmara, Marcos Maia (PT-RS), depois de audiência com a presidenta Dilma Rousseff, da qual participou também o presidente do Congresso, senador José Sarney (PMDB-AP).
Maia disse que a reunião foi mais uma "visita de cortesia" dos presidentes da Câmara e do Senado à presidenta Dilma - a primeira depois das eleições que os elegeram na semana passada. Segundo ele, a conversa girou só em torno do encaminhamento das negociações sobre a reforma política e a priorização de interesses do governo, uma vez que a pauta de votações do Legislativo está atravancada por dez medidas provisórias.
Como a presidenta Dilma mostrou disposição em colaborar com as negociações para modernização do sistema político-partidário nacional, Maia acredita que "há condições para que a matéria seja posta em discussão e votação já no segundo semestre deste ano".
O parlamentar gaúcho disse que nada foi falado sobre a promulgação do Orçamento Geral da União para 2011 nem sobre as negociações para definir o valor do salário mínimo, que o governo estipulou em R$ 545. As centrais sindicais e os partidos de oposição defendem teto mais alto, como forma de garantir ganhos reais aos trabalhadores. O presidente da Câmara estima que "uma definição a respeito [do mínimo] só sairá lá para o final de março, início de abril".