O ex-procurador-geral do Estado Joel Coimbra assumiu a função de diretor-geral da Casa Civil. A reacomodação foi decidida há cerca de três semanas, um mês depois de o governador Jaime Lerner (PFL) ter exonerado Coimbra da Procuradoria Geral do Estado (PGE), alegando "imcompatibilidade junto a outros procuradores".
No entanto, fontes do primeiro escalão afirmam que o motivo que pesou na demissão foi a denúncia de improbidade administrativa contra Coimbra, apresentada pelo Ministério Público. A medida evitou que o desgaste político respingasse no governo do Estado.
Coimbra assume o lugar de Roberto Gregório da Silva Júnior, que foi deslocado para o comando do Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento (Lactec), entidade anteriormente ligada à Copel. Hoje, a Copel apenas atua como mantenedora do Lactec. O secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, comemorou a acomodação de Coimbra. "Ele tem muita experiência que pode nos ajudar. Foi, durante quatro anos, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia", analisou Guerra.
A exoneração de Coimbra foi anunciada pelo Palácio Iguaçu no dia 27 de agosto. A procuradora de carreira Márcia Carla Pereira Ribeiro - até então vinculada à Secretaria de Governo- assumiu o cargo de Coimbra na PGE, pasta encarregada de defender os interesses do governo estadual na esfera judicial. Márcia foi assessora jurídica no processo de privatização do Banestado, vendido ao Itaú em outubro do ano passado, e ocupa a mesma função na Comissão de Desestatização da Copel. Ela continuará fazendo parte da Comissão, paralelamente às suas funções na PGE.