Em sua parada em Natal (RN) durante périplo pelo Nordeste, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ciceroneado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN) e a governadora do estado Fátima Bezerra.
Nesta terça (24), ele também participou de reunião com o ex-senador Garibaldi Alves, do MDB, partido ao qual também pertence Eunício Oliveira, com quem esteve na segunda-feira (23), no Ceará.
Com a sua candidatura de 2022 em vista, Lula tem reatado laços com o MDB, que foi base de governos do PT.
Em tom de brincadeira, Lula cobrou de Prates a promessa de que comeria picanha de carne de sol assim que viajasse ao Rio Grande do Norte, feita ainda antes de sua prisão, em abril de 2018.
"O retorno de Lula às andanças pelo país é também o retorno da política. De uma política que dialoga e constrói acordos. Ontem [segunda] ele esteve no Ceará com os senadores Tasso [Jereissati, do PSDB] e Cid [Gomes, do PDT], hoje vai conversar com Garibaldi. Isso não deveria ser algo extraordinário, mas infelizmente virou", afirma Prates.
"A classe política brasileira precisa agir com mais responsabilidade, o povo brasileiro está amargando fome e desemprego e precisamos fazer nosso papel para reconstruir o país", completa.
Por ocasião dos 67 anos da morte de Getúlio Vargas (1882-1954), Lula disse que seu legado está sendo destruído.
"Ao completar 67 anos da morte do Getúlio Vargas, o que nós estamos vendo é que estão destruindo não só a biografia do Getúlio, mas tudo o que foi dado a esse trabalhador, desde o salário mínimo de 1939, a CLT de 1943, o direito às férias. Eles conseguiram destruir tudo e não houve uma reação nossa", disse Lula.
"Hoje o trabalhador às vezes pensa que é microempreendedor, ele quase voltou a ser escravo. Não tem mais férias, não tem 13º salário, se ele se machucar não tem auxílio saúde", completou o petista.