A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, participou nesta quinta-feira (19) de seu último painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e afirmou que o Brasil "voltou" para cuidar da Amazônia e para "liderar pelo exemplo" na proteção ambiental.
Chamado de "A Amazônia em um encruzilhada", o painel ainda contou com o governador do Pará, Helder Barbalho, o cientista brasileiro Carlos Afonso Nobre e representantes internacionais.
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Marina fez uma fala rápida porque informou que precisa retornar para o Brasil ainda nesta quinta-feira e reforçou que o país "tem uma boa experiência em controlar o desmatamento e a devastação da Amazônia".
Lembrando de sua primeira passagem pelo Ministério do Meio Ambiente, nos primeiros governos de Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra ressaltou que o país "diminuiu 80% da destruição da Amazônia" e que a nação foi a primeira "a ter metas de produção de CO2".
"Daquela vez, foi tudo muito difícil porque precisamos criar tudo do zero, criar as metas, criar o monitoramento em tempo real da destruição. [...] Mas, agora, será muito difícil também porque o governo [de Jair] Bolsonaro fez um apagão em toda a estrutura", disse referindo-se aos cortes de equipes de vigilância, enfraquecimento das agências de controle e a redução no orçamento para o setor.
A ministra reforçou as ações já tomadas por Lula assim que tomou posse, como a reativação do Fundo da Amazônia e a recriação de secretarias, e destacou que o trabalho de cuidado com o meio ambiente será realizado com a ajuda de 17 ministérios.
"Compreendemos que a proteção da Amazônia é um dever nosso, e vamos liderar pelo exemplo, mas precisamos de uma forte parceria dos que apoiam a Amazônia", acrescentou, pontuando que é preciso de ajuda de órgãos internacionais, empresas e diversas organizações não só para proteger a floresta, mas também para levar "desenvolvimento sustentável" para a área.
Sem citar datas, Marina ainda revelou que "em breve" Lula irá fazer uma reunião com os chefes de governo de todos os países que abrigam a floresta amazônica para debater a integração e soluções para a região.