O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a criação de um Fundo Internacional de Combate a Miséria e a Fome para os paises do terceiro mundo. A proposta foi feita no encerramento de seu discurso no Fórum Econômico Social, neste domingo.
Segundo Lula, o fundo seria integrado pelos paises do G-7 (Grupo dos sete países mais industrializados do mundo) e estimulado pelos grandes investidores internacionais.
"É longo o caminho para construção de um mundo mais justo, e a fome não pode esperar", enfatizou.
O presidente também fez um apelo para que as descobertas científicas sejam universalizadas para que possam ser aproveitadas em todo o mundo.
Segundo Lula, que se referiu ao encontro de Davos como uma "montanha mágica", neste momento é fundamental a reconstrução da ordem econômica mundial para que atenda aos anseios de bilhões de pessoas que vivem a magem dos progressos científicos e tecnólogicos.
Lula foi enfatico ao dizer que os participantes do Fórum Econômico Mundial não podem ficar "indefinidamente esperando sinais para mudar de atitudes" em relação ao Brasil e aos demais paises em desenvolvimento.
"Meu maior desejo é o de que a esperança, que venceu o medo em meu país, também contribua para vencê-lo em todo o mundo. Precisamos urgentemente nos unir em torno de um pacto social pela paz e contra a fome", enfatizou.
"O Brasil fará a sua parte", concluiu Lula, sobre fortes aplausos de todos os presentes no plenário principal do Fórum de Davos.
Mais tarde, Lula garantiu que irá trabalhar para que a idéia de criação do fundo de combate à miséria se transforme num projeto viável.
"Para combater a miséria no meu país e no mundo eu não medirei esforços de conversar com quem quer que seja, onde quer que seja", afirmou.