Uma cesta básica, uma casa, um muro, a festa de formatura e até mesmo um sorriso novo. Na festa da democracia, muitos eleitores não fazem cerimônia na hora de angariar um benefício imediato junto aos candidatos. Nos comitês eleitorais os pedidos formam pilhas nas mesas. Vale tudo, da dentadura ao emprego e até a cadeira de rodas. Nem mesmo a legislação eleitoral que prega o rigor no combate ao crime eleitoral é capaz de inibir o ímpeto dos pedintes, ora levados pela necessidade, ora pelo oportunismo.
O bilhete enviado por Jucimeri Regina Giufrida, 20 anos, a um comitê eleitoral é um exemplo. Ela pede material de construção, incluindo pisos, telhas e um vaso sanitário, para reformar a casa onde reside com a mãe e a irmã de oito anos no Jardim Franciscato (zona sul de Londrina). A filha, com menos de um ano de idade e doente, está na casa dos avós maternos. A única renda da família vem do trabalho temporário de Jucimeri como cabo eleitoral e da ajuda dos vizinhos, também carentes. ''Nossa situação é de desespero.''
Para ela, muitos recorrem aos comitês na esperança de ver resolvido um problema particular e imediato, dispensando o real valor do trabalho de um parlamentar. ''Nós orientamos a procurar os órgãos e entidades que podem dar algum atendimento'', garante. ''O deputado por si só não dá, mas abre portas.''
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