Política

Dívidas pressionam prefeitos

12 jan 2001 às 10:33

Os prefeitos que tomaram posse no último dia 1º estão usando a criatividade para administrar as dívidas que herdaram. Eles avisam que terão que "suar a camisa" para conseguir pelo menos diminuir as dívidas. Os prefeitos de Londrina, Nedson Micheleti (PT), e Maringá, José Cláudio Pereira Neto (PT), avisam que vão buscar na arrecadação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) parte do socorro às finanças.

A previsão de arrecadação em Londrina do imposto é de R$ 60 milhões para este ano. A dívida, entretanto, está próxima a R$ 500 milhões. "Já cortei cargos comissionados, mas ainda não é suficiente." Micheleti espera para hoje uma resposta da Caixa Econômica Federal em relação à liberação de parte do Fundo de Participação dos Municípios (cerca de R$ 700 mil) que estão retidos por causa de uma dívida de R$ 330 milhões com a Cohab. "Esse dinheiro já traria um grande alívio a partir de fevereiro", desabafou. O prefeito acrdeita que vai levar mais de um ano para "colocar a casa em ordem".


Pereira Neto também aposta suas fichas no IPTU. Segundo ele, a arrecadação total deve alcançar R$ 25 milhões. Entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões devem entrar com o pagamento adiantado no início do ano. O petista tem que administrar uma dívida de R$ 200 milhões, com um orçamento de R$ 175 milhões. "Mas o orçamento realizável nunca passa de R$ 100 milhões". Ele avisou que vai fazer uma auditoria nas contas, e que a dívida real deve ser de R$ 140 milhões.

Cassio Taniguchi (PFL), prefeito reeleito de Curitiba, tratou de cortar cargos comissionados e duas secretarias no final do ano passado, como medida de economia. Os gastos em cada pasta também serão enxugados. Os prefeitos têm que apresentar relatório das contas até dia 30 de janeiro.


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