Em nota divulgada no início da noite desta terça-feira, o deputado José Dirceu (PT-SP) confirmou que se reuniu com diretores dos bancos Rural e BMG quando era ministro da Casa Civil. Mas negou que nesses encontros tenham sido discutidos empréstimos ao PT.
A esposa do empresário Marcos Valério, acusado de ser o operador do "mensalão", Renilda Maria Santiago Fernandes de Souza afirmou nesta terça-feira (26), em depoimento à CPI dos Correios, que o deputado José Dirceu (PT-SP) negociou os supostos empréstimos feitos pelas empresas ao PT.
Renilda afirmou que seu marido concordou com os empréstimos bancários a pedido do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares por ''temer represálias nos contratos que já mantinha com estatais''. Sem que lhe fosse perguntado, declarou detalhadamente que ''José Dirceu sabia dos empréstimos e, inclusive, participou de uma reunião com a direção do Banco Rural no hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte''.
Além disso, revelou que o ex-ministro da Casa Civil também teria se encontrado com diretores do BMG, em Brasília, para acertar o pagamento dos empréstimos.
O Banco Rural confirmou através de sua assessoria de imprensa, que ofereceu um jantar ao então ministro da Casa Civil, José Dirceu, no Hotel Ouro Minas, para "aproveitar a passagem" dele por Belo Horizonte.
O banco negou que o encontro tenha sido para tratar da dívida do PT, mas sim para tratar com Dirceu da liqüidação do Banco Mercantil de Pernambuco. O Rural também negou que Marcos Valério esteve presente no encontro.
Fonte: Terra e Folhapress