Política

Dirceu acompanha julgamento do mensalão pela TV

02 ago 2012 às 19:35

O ex-ministro José Dirceu permaneceu nesta quinta em sua casa, num condomínio de alto padrão em Vinhedo, interior de São Paulo, bem distante dos holofotes, durante o primeiro dia de julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF). Ele acompanhou o início da sessão em Brasília pela televisão, acompanhado de sua namorada Evanise Santos e do jornalista Edmilson Machado.

José Dirceu de Oliveira e Silva, 66 anos, acusado de ser a peça central do suposto esquema de compra de parlamentares no governo Lula, decidiu que não vai falar com a imprensa nessa fase do processo e recolheu-se numa região de difícil acesso. Nesta quinta, o movimento em sua casa, no condomínio Vale da Santa Fé, foi calmo. Três carros estavam na garagem, uma picape Hillux, em nome da JD Consultoria (empresa do ex-ministro), uma Tucson em nome de sua namorada e um C3 em nome do jornalista Edmilson Machado, que foi contratado para integrar a equipe de gerenciamento de crise, que o assessora durante o andamento do julgamento. No portão, que permaneceu fechado, só o brasão do Corinthians para receber estranhos.


Os seguranças da portaria do luxuoso condomínio em Vinhedo, com lago particular para moradores e uma vista privilegiado e muito verde, foram orientados a impedir a entrada de jornalistas. A reportagem conseguiu furar o bloqueio ter acesso à área interna do condomínio Minutos antes de começar o julgamento do processo, no STF em Brasília, só os três carros permaneciam na casa. Em Brasília, o advogado de Dirceu, José Luiz Oliveira Lima, disse que o cliente iria acompanhar o julgamento pela televisão e que preferia não comentar o caso nesse momento. Oliveira Lima afirmou que o ex-ministro será inocentado no caso e servirá de exemplo. Boa parte da sua estratégia de defesa foi definida com os advogados e assessores mais próximos em reuniões em sua casa.


Discreto


Quando fica em Vinhedo, geralmente com a família, Dirceu pouco sai do condomínio. A casa de dois andares no alto de uma colina com vista para uma ampla mata é discreta e em um local mais isolado. Moradores ouvidos pela reportagem, que pediram para não serem identificados, afirmaram que são frequentes as reuniões no local, quando há gente por lá.

Nos restaurantes mais badalados da cidade, o ex-ministro também nunca foi visto. "Uma pessoa conhecida como ele a gente lembra. Aqui ele nunca veio comer", afirma Vianei Araújo, gerente do Mestrino Ristorante, uma das casas de massas mais disputadas na região.


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