Política

Dilma visita 'oitava maravilha do mundo'

16 abr 2011 às 08:54

A presidente Dilma Rousseff encerrou neste sábado (16) sua visita de seis dias à China com um passeio pelo parque dos Guerreiros de Terracota na cidade de Xian, na parte central do país, construídos no século 3 durante a dinastia do primeiro imperador chinês, Qin Shi Huang.

No livro de visitas do local, a "oitava maravilha do mundo", nas palavras da presidente, Dilma Rousseff escreveu que o ex ército de terracota demonstra a imensa capacidade do povo chinês ao longo dos séculos.


Na visita, que por cerca de uma hora fechou o parque para o público, Dilma Rousseff viu de perto o local descoberto em 1974 por moradores que cavavam um poço de água.


A presidente ficou impressionada com o complexo mecanismo de um eixo usado em carruagens da época.


"Maravilha, perfeito", disse. "E funciona?", perguntou, ao que a guia respondeu que sim. A presidente fazia perguntas constantemente e queria entender, em detalhes, como tudo funcionava.


"Não é à toa que eles são tão bons em novos materiais e nanotecnologia ", disse o ministro da Ci ência e Tecnologia, Aloízio Mercadante.


Em Xian, no dia anterior, a presidente visitou a ZTE, uma empresa que fabrica equipamentos de telecomunicações e que vai investir US$ 200 milhões na construção de uma fábrica em Hortolândia, São Paulo.


A agenda prevê que Dilma Rousseff retorne ao Brasil no domingo.


Saldo


A visita terminou com um saldo de investimentos concretos, promessas de diversificação comercial, acordo para permanência da fábrica da Embraer no país, encomenda de novos aviões, a abertura parcial do mercado chinês para importação de carne suína e uma série de acordos de cooperação em diversas áreas, entre elas Ciência e Tecnologia.


Outra conquista anunciada pelo governo, porém recebida com muito ceticismo no Brasil, foi uma promessa de investimento da Foxconn no Brasil de US$ 12 bilhões.


A empresa construiria uma cidade do futuro em local ainda a ser divulgado e instalaria ali uma fábrica para a construção de telas de cristal líquido usadas na produção de iPads e celulares de terceira geração.


O governo comemorou a promessa, resultado de uma negociação de três meses com a empresa sediada em Taiwan.


O entendimento foi apontado como avanço na tentativa de atrair para o Brasil investimentos chineses em setores de alta tecnologia, que agreguem valor à cadeia produtiva.


Cerca de 85% dos investimentos chineses no Brasil são em setores como o petróleo e a mineração.

A Foxconn fatura US$ 100 bilhões por ano e é responsável por 5% das exportações chinesas.


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