No dia da renúncia oficial do Papa Bento XVI, a presidente Dilma Rousseff faz a sua primeira manifestação sobre o fato. Em nota divulgada pelo Blog do Planalto, às 6h15 de Brasília (9h15 em Roma), a presidente Dilma manifestou seu "respeito pela decisão de Vossa Santidade de renunciar à Cátedra de S. Pedro". Citou, ainda, gestos em relação ao Brasil que, na sua avaliação, significariam "apreço" distinguido ao País nestes últimos anos: "A escolha de Aparecida do Norte para sediar a V CELAM, que ensejou a sua visita ao País; a canonização do primeiro Santo brasileiro, Dom Antonio Galvão de França; assim como a histórica decisão de realizar a Jornada Mundial da Juventude na cidade do Rio de Janeiro".
As afirmações têm por objetivo dar uma demonstração de que não há mal-estar entre a Igreja e o governo. Entre integrantes da Igreja no Brasil, o consenso era de que Dilma guardou mágoas da campanha de 2010, quando Bento XVI enviou mensagem com uma posição da Igreja contra o aborto aos bispos do Maranhão, que o visitaram na ocasião.
Quando ele anunciou que renunciaria, a presidente se silenciou, gerando críticas de vários setores, inclusive na Igreja, que a presidente tentou dissipar enviando o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, ao lançamento da Campanha da Fraternidade, em 13 de fevereiro, na sede da CNBB. Dilma encerra a mensagem ao Papa desejando que "essa nova fase de recolhimento o encontre com saúde e paz".