Política

Dilma e Cristina Kirchner planejam ampliar cooperação

02 dez 2011 às 21:00

Preocupadas com o impacto da crise financeira internacional nas economias da América do Sul, a presidente brasileira Dilma Rousseff e a argentina Cristina Kirchner concordaram em ampliar a integração produtiva entre os dois países para fortalecer suas economias.

Dilma afirmou que a proposta busca ampliar a cooperação e investimentos de empresários brasileiros e argentinos como mecanismo para ativar a economia regional e preparar o Mercosul para uma década de baixo crescimento, em consequência da crise financeira nos Estados Unidos e Europa.


"Nós queremos não só ampliar relações comerciais e sim criar cadeias complementares que possam estreitar ainda mais as relações econômicas dessa região", disse a presidente depois da reunião bilateral com Cristina.


"Não vou dizer blindar, mas sim fortalecer Brasil e Argentina nessa próxima década que tem indícios de ser uma década de baixo crescimento. Não vou dizer de grande estagnação, mas de baixo crescimento sem dúvida."


Na véspera, Dilma já havia manifestado preocupação sobre os possíveis impactos que a crise econômica européia poderia gerar na economia latino-americana. "Nossos mercados são apetecíveis", afirmou.


Cristina Kirchner disse que ambas devem trabalhar para não ver "entorpecido" o "crescimento econômico e de inclusão social" apresentados pela região nos últimos anos.


Cooperação energética


Horas antes, Dilma se reuniu com o presidente da Bolívia Evo Morales. O Brasil se dispôs a auxiliar a Bolívia na construção de usinas de emergência para sanear o déficit de eletricidade no país.


"Como eles cresceram muito, eles estão com um fornecimento de energia muito justo, muito apertado (...) eles precisam ter uma espécie de alternativa", disse a presidente.


A Bolívia vem enfrentando há meses uma série de apagões nos principais departamentos do país devido ao déficit na capacidade de geração.


Dilma e seus colegas latino-americanos participam nesta sexta-feira da instalação da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), organização que reúne 33 países da região, sem a presença dos Estados Unidos e Canadá.


Dilma disse que a criação da Celac é um acontecimento "histórico".

"E é histórico também pelo momento que o mundo passa. Acho que em todo o mundo não há uma reunião de países de uma região que está crescendo acima da taxa de crescimento global", afirmou.


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