Uma fonte próxima à presidente eleita, Dilma Rousseff, afirmou à Agência Estado que ela deve anunciar na próxima semana os nomes dos chamados "ministros palacianos". O cronograma esboçado por Dilma previa, inicialmente, o anúncio da equipe econômica e, na sequência, dos nomes com assento no núcleo duro do governo.
As peças ainda estão sendo dispostas no tabuleiro, mas a formação mais provável indicada pela fonte sustenta a hipótese de que Antonio Palocci vá para a Casa Civil e Gilberto Carvalho para a Secretaria Geral da Presidência. O esboço formulado por Dilma - que ainda pode sofrer modificações - mantém a pasta de Relações Institucionais sob o comando do ministro Alexandre Padilha.
A se confirmar esse desenho, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já certo na nova equipe de ministros, assumiria uma pasta fora do Palácio do Planalto. A bolsa de apostas acomoda Bernardo na Previdência Social ou na Saúde.
Dilma gostaria de manter Bernardo próximo a ela no Planalto, mas tem dificuldades de recusar eventual pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para nomear Gilberto Carvalho para a Secretaria Geral. Carvalho assumiria com traquejo as funções de Luiz Dulci na interlocução com movimentos sociais. Durante a campanha, coube a ele, que é o atual chefe de Gabinete de Lula, o diálogo com a Igreja Católica, no auge das especulações de que Dilma, se eleita, defenderia a liberação do aborto.
Após o anúncio dos palacianos, a etapa seguinte prevê a divulgação dos chamados "ministros de Estado": Justiça, Defesa e Relações Exteriores. O nome do deputado José Eduardo Cardozo é quase certo para assumir a pasta da Justiça. Ele já foi convidado para integrar o ministério, mas ainda não tem a confirmação de que sucederá ao ministro Luiz Paulo Barreto.