Entre falas favoráveis e contrárias à flexibilização do acesso a armas de fogos pela população e cobranças sobre a necessidade de Estado e sociedade tentarem soluções céleres para um tema complexo, deputados estaduais do Paraná repercutiram o ataque ao Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, ao discursarem na tribuna da Assembleia Legislativa (AL) durante a sessão desta segunda-feira (19).
Renato Freitas (PT), da oposição a Ratinho Junior (PSD), chamou atenção para o aumento no número de atentados contra instituições de ensino do Brasil entre 2022 e 2023 — segundo ele, os registros do período superam a quantidade de casos das duas últimas décadas. Para o parlamentar, “a escalada é produto de uma política criminosa de armamento da população”.
“A violência por arma de fogo aumentou 24% no ano passado no Brasil. Infelizmente, virão aqui representantes da indústria das armas e afirmarão a necessidade de colocar ainda mais armas na sociedade, agora na porta da escolas, para que os professores sejam armados”, criticou Freitas.
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“As nossas igrejas foram sequestradas pelos hipócritas religiosos que elevaram as armas à condição de objeto sagrado, a ponto de fieis fazerem símbolos de armas, como se isso agradasse de algum modo a Deus”, acrescentou o deputado.
A base do governador no Legislativo reagiu de imediato ao petista. “A igreja tem todo esse trabalho assistencial. A minha igreja faz um trabalho dentro do presídio, onde o Estado não consegue agir com força chega ali o braço da igreja. A igreja não foi sequestrada, não é refém de ninguém”, afirmou Alexandre Amaro (Republicanos).
“Sabemos que é uma tragédia que não tem volta, e isso é de uma lástima imensurável, mas vir na tribuna e aproveitar essa tragédia para falar mal do governo [federal] anterior, ou criticar o governo estadual, porque não é verdade. O governador do estado colocou 5,6 mil policiais de prontidão nas escolas”, alegou Delegado Tito Barichello (União Brasil).
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