Com mais de 340 mil votos, o ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos) foi o deputado federal mais votado no Paraná. Ele ganhou notoriedade por coordenar no Paraná a Operação Lava Jato que investigou o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro incrustrado na Petrobras. "O povo está dando um grande recado, a Lava Jato renasceu e não foi das cinzas, foi das urnas. Os corruptos não vencerão", discursou após a vitória na noite deste domingo (2) na sede do TRE-PR (Tribunal Regional Eleitoral).
Segundo Dallagnol, seu trabalho na Câmara dos Deputados será pautado pelo combate à corrupção, que foi sua principal bandeira de campanha. "Está se encerrando uma corrida de 100 metros rasos, mas estamos encaminhando para uma grande maronatona", disse ao anunciar que pretende entrar na campanha de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno contra o ex-presidente Lula (PT). "Se Lula for eleito, seremos uma oposição qualificada, uma oposição contra o que o governo dele representou com Mensalão e Petrolão."
Questionado como ele avalia o combate à corrupção no governo Bolsonaro, Dallagnol diz que tem ressalvas, mas alegou que a pior coisa que "poderá ocorrer ao Brasil, na minha perspectiva, é a volta de Lula e do PT".
Leia mais:
Julgamento de Bolsonaro e demais indiciados pode ocorrer em 2025
Confira a lista dos 37 indiciados pela PF no inquérito do golpe de Estado
Moraes mantém delação de Mauro Cid após ouvi-lo por omissões sobre tentativa de golpe
Indiciado pela PF, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”
Dallagnol teve uma campanha marcada por batalhas judiciais. Mas, segundo ele, o questionamento sobre o registro de sua candidatura não o preocupa. "Estou plenamente elegível e quero representar os paranaenses."