Preso desde 18 de abril em Londrina pela 10ª fase da Operação Lesa Pátria, o médico veterinário João Paulo Silva Matos teve um pedido de revogação de sua detenção apresentado na última segunda-feira (15) pelo advogado Rodrigo Antunes. O caso está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandado de prisão preventiva contra o investigado por terem sido identificados indícios de participação do londrinense nos atos antidemocráticos de oito de janeiro, em Brasília. “Após acesso aos autos, verificou-se a inexistência de qualquer elemento para a manutenção da custódia cautelar”, alegou Antunes em nota enviada à FOLHA.
“O pedido [de revogação] foi motivado porque, na busca e apreensão, as provas produzidas foram esclarecedoras. Em especial a perícia no celular resultou na inexistência de qualquer conluio ou combinação com demais participantes da manifestação, assim como foi descartada qualquer suspeita de financiamento”, prosseguiu o texto do defensor.
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Segundo o advogado, a defesa encontrou dificuldade para obter o processo do caso. “Tivemos que ir a Brasília para acessar os autos, depois de muita insistência. Apesar de solicitado, o Conselho Federal da OAB, na parte de prerrogativas, não prestou qualquer auxílio concreto, apenas afirmando que estaria verificando com o gabinete do ministro Alexandre de Moraes”, criticou.
Por fim, para Antunes, o veterinário “apenas exerceu seu livre direito de manifestação”, devendo, conforme ele, “ser colocado imediatamente em liberdade”.
Outro londrinense preso pela Lesa Pátria é o empresário da construção civil Claudio Mazzia. Ele está detido desde o fim de janeiro por suspeita de organizar caravanas para Brasília para engrossar a manifestação que, por sua vez, culminou no episódio de depredação das sedes do Executivo, Legislativo e Judiciário.
De acordo com a defesa de Mazzia, até o momento não há novidades no caso. Um pedido de revogação de sua prisão foi apresentado também a Moraes no início de fevereiro.
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