As 11 empresas que fizeram transações com o Banestado, no período em que o mesmo ainda era estatal, podem ficar tranquilas, pelo menos por enquanto.
Os integrantes da CPI chegaram a um acordo e suspenderam os pedidos de quebra de sigilo bancário das mesmas, anunciados na quarta-feira da semana passada pelo presidente da comissão, Neivo Beraldin (PDT).
Para não mexer com interesses políticos e empresariais, já que as empresas são controladas por grupos poderosos e, em alguns casos, por parentes dos próprios deputados, os integrantes da CPI decidiram que vão solicitar a quebra de sigilo bancário gradativamente, na medida em que a papelada envolvendo cada empresa for analisada pela comissão.
Ou seja, não há previsão para a solicitação da quebra de sigilo junto à Justiça.
As 11 empresas são responsáveis por 52 operações, que movimentaram mais de R$ 101 milhões, todas com indícios de irregularidades, conforme afirmou a CPI. A maioria das operações ocorreu entre 1993 a 1998.
As operações envolvem a concessão de créditos sem garantias; descontos sobre o saldo devedor e, ainda, liquidação de operações de crédito por recebimento de bens ou direitos creditórios líquidos