A comissão parlamentar de inquérito (CPI) mista do Banestado toma nestya terça-feira, a partir das 10h, o depoimento do delegado federal José Francisco Castilho Neto, que chefiou durante 74 dias, em 2002, em Nova Iorque, o inquérito que apura os beneficiários de depósitos irregulares na agência do Banestado na cidade.
O presidente da CPI, senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), disse que o delegado poderá dar informações importantes, pois, quando chefiava o inquérito, foi quebrado o sigilo de 137 contas do Banestado de Nova Iorque. As contas eram usadas para transferir recursos para outros bancos dos Estados Unidos e de paraísos fiscais.
Castilho foi substituído pelo delegado Paulo Roberto Falcão, que entrega, amanhã, à secretária nacional de Justiça, Cláudia Chagas, e ao senador Paes de Barros documentação complementar, com dados solicitados pela justiça dos Estados Unidos, de 25 contas bancárias de diversas instituições norte-americanas que receberam depósitos da agência do Banestado de Nova Iorque.
Esses documentos servirão para que a justiça norte-americana faça o rastreamento das contas. Segundo Paulo Roberto, a intenção é identificar os verdadeiros beneficiários das contas CC-5. Muitas dessas contas foram usadas para remessa ilegal de dinheiro do Brasil.
Na quarta-feira, o procurador da República no Distrito Federal Luiz Francisco de Souza, que chefia núcleo que investiga a participação e responsabilidade de autoridades e órgãos públicos na evasão de divisas por intermédio das contas CC-5, comparecerá à CPI do Banestado para prestar depoimento sobre o trabalho que vem realizando.
Luiz Francisco foi convidado a depor porque disse que tem informações importantes a prestar à CPI. Além disso, ele conhece vários dos documentos trazidos de Nova Iorque pelo delegado Castilho.
Informações da Agência Brasil