Com mais de 300 requerimentos para serem votados, a CPI mista que investiga irregularidades na Petrobras vai fazer uma reunião administrativa na quarta-feira (18). Além de analisar as centenas de pedidos de informações, documentos e quebras de sigilos, os parlamentares devem discutir também procedimentos a serem adotados nas oitivas de testemunhas.
No depoimento de Graça Foster, na última quarta (11), deputados e senadores da oposição reclamaram muito da sistemática adotada pela presidência da comissão de inquérito, que autorizou o relator a fazer mais de cem perguntas. Com isso, os oposicionistas esperaram mais de quatro horas até que tivessem a chance de apresentar suas primeiras indagações.
Entre os requerimentos na pauta, está o de número 52, do deputado Fernando Francischini (Solidariedade-PR), que pede a quebra dos sigilos fiscal, telefônico e telemático do doleiro Alberto Youssef, preso em março pela Operação Lava Jato da Polícia Federal, acusado de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e outros crimes.
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A quebra de sigilos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa também está na pauta. Também preso na Lava Jato, Costa foi solto dois meses depois, mas voltou a ser preso na última quarta, depois da descoberta de que ele teria contas no exterior, o que sugeriria uma possibilidade de fuga. Ao depor à CPI exclusiva do Senado, ele negou as acusações e se disse injustiçado. Deputados e senadores também querem ouvi-lo na CPI mista.
A reunião desta quarta está marcada para 14h30, no Plenário 2 da ala Nilo Coelho.