O crescimento exponencial da representação feminina na Câmara Municipal de Londrina para o quadriênio 2021-2024, com sete mulheres eleitas, chamou a atenção assim que saiu o resultado no final da noite do domingo (15). Entretanto, ao levantar a estatística, a FOLHA apurou que a próxima legislatura terá também maior escolaridade, menor média de idade e, por outro lado, não terá representantes negros.
O estudante de direito Matheus Thum (PP), 26 anos, será o mais jovem entre os eleitos, e a mais experiente, a professora universitária aposentada Sônia Gimenez (PSB), 64 anos. Comparando com os eleitos em 2016, a média de idade caiu de 46,7 para 43,7 anos.
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Além de mais jovem e com maior representatividade feminina, a próxima legislatura terá nível de escolaridade maior. Treze dos 19 eleitos têm ensino superior completo, um superior incompleto e cinco deles concluíram o ensino médio. Em 2016 eram 12 com diploma de ensino superior, um com superior incompleto, cinco com ensino médio e um parlamentar com fundamental completo. Ou seja, 68,42% dos futuros vereadores eleitos têm nível superior completo. Entre os mais de 560 candidatos, apenas 38,18% (233) tinham este grau de instrução.
Sem a reeleição de Rony Alves (PTB), José Roque Neto (PSB) e Junior Santos Rosa (Republicanos), a Câmara perderá a representatividade de pardos e pretos. Em Londrina, foram ao todo 92 candidatos que se declararam pardos, ou 15,75%, e 64 postulantes negros (10,96). Isto é, 26,71% dos concorrentes eram negros.