A primeira ação concreta do deputado Caíto Quintana (PMDB), eleito no início do mês passado corregedor da Assembléia Legislativa, é a investigação das informações, veiculadas pela imprensa nacional, de que os deputados estaduais estariam recebendo dinheiro para votar a favor da privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel).
Quintana disse que vai pedir explicações aos jornalistas Cláudio Humberto e Sebastião Nery e também a secretários de Estado, sobre a possibilidade do governo estar "comprando o voto de parlamentares". Segundo o corregedor, é inadmissível que o nome da Assembléia Legislativa seja manchado dessa forma, sob pena do Legislativo perder a credibilidade. "São informações contundentes que precisam ser esclarecidas".
Segundo o deputado Ângelo Vanhoni (PT), o governo estaria abordando inclusive prefeitos, oferecendo R$ 1 milhão para que eles evitassem debater a venda da Copel em seus municípios.
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O secretário-chefe da Casa Civil, Alceni Guerra, foi procurado ontem para comentar o assunto mas não retornou os recados da reportagem. O secretário de Governo, José Cid Campêlo Filho, disse que não existe nenhum oferecimento de verba a prefeitos ou deputados. "Isso não existe. É simplesmente uma barbaridade", declarou.
Na segunda-feira, os deputados Irineu Colombo (PT) e Nereu Moura (PMDB) cobraram explicações da mesa executiva sobre o assunto. O presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PTB), admitiu que os deputados estão cobrando verbas do Palácio Iguaçu, mas os recursos são para seus municípios e se referem às emendas ao orçamento, "o que é pleno direito dos parlamentares cobrarem". Cada deputado teve direito a R$ 1,5 milhão em emendas, no máximo, mas nem todas foram contempladas.
Leia mais sobre o assunto em reportagem de Maria Duarte, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta quarta-feira