A Câmara Municipal de Londrina não aprovou nesta terça-feira (21) a tramitação do projeto do prefeito Marcelo Belinati (PP) que acaba com regras de distanciamento entre postos de combustíveis e outros estabelecimentos, como hospitais, postos de saúde e escolas.
LEIA MAIS: Feriado do Padroeiro: Londrina terá comércio aberto
Dos 19 vereadores, 15 votaram para que a proposta não tramitasse. Matheus Thum (PP), Fernando Madureira (PP) e Flávia Cabral (PTB) queriam que o texto avançasse nas comissões do Legislativo. Nantes (PP) não votou.
Leia mais:
Novo Código de Obras é debatido em audiência pública na Câmara
Deputados federais de Londrina não assinam PEC e questionam fim da escala 6x1 para trabalhadores
PEC 6x1 ainda não foi debatida no núcleo do governo, afirma ministro
PEC que propõe fim da escala de trabalho 6x1 alcança número necessário de assinaturas, diz Hilton
Com a decisão, a matéria volta para Belinati, que pode reapresentá-la em agosto, após o fim do recesso parlamentar. O Executivo batizou como "muralha" a exigência da distância de 104 metros dos postos para diferentes tipos de estabelecimento. A determinação contida no Código de Posturas existe desde 2011.
Em entrevista coletiva no início do mês, o prefeito defendeu a iniciativa. Afirmou que o fim do distanciamento "restabelece a livre concorrência" e que "a atual legislação praticamente impede a construção de novos postos". Com novos empreendimentos deste segmento, Belinati chegou a dizer que os preços dos combustíveis até poderiam cair.
O argumento foi criticado por empresários do ramo, que acompanharam a sessão nas galerias da Câmara. "Duvido que o valor da gasolina ou do etanol vai cair se mais postos forem abertos. É só pegar a tabela da ANP (Agência Nacional do Petróleo) e confirmar que os preços praticados em Londrina são os mais baixos da região", disse o presidente da Paranapetro (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná), Claudio Monaco.
Continue lendo na Folha de Londrina.