Número dois da Secretaria Especial da Cultura, e responsável pela área de fomento, o ex-PM André Porciuncula chamou o escritor Paulo Coelho de maconheiro e idiota nas redes sociais.
Isso se deu em resposta a uma postagem de Coelho, em que o autor comemorava a decisão da Presidência de orientar que se cancelasse a viagem de Mario Frias, secretário especial da Cultura, e Porciuncula, a Rússia, Hungria e Polônia.
Em seu texto, o escritor chamou ambos de palermas e disse que eles realizam "turismo tosco", em relação à ida do primeiro a Nova York com recursos públicos.
Leia mais:
Casa de autor de atentado em Brasília é incendiada em SC; ex-companheira é a suspeita
TCE barra programa de terceirização das escolas de Ratinho Junior
Janja chama autor de atentado em Brasília de 'bestão' e xinga Elon Musk no G20 Social
Lula defende 'pilar social' e jornada de trabalho equilibrada no G20
"Maconheiro, palerma é você", respondeu Porciuncula. "A viagem foi remarcada devido as tensões na região, mas ainda iremos, temos acordos culturais internacionais para celebrar com a Rússia e Hungria." E ainda chamou Coelho de idiota pelo fato de o escritor ter achado que o ex-PM havia embarcado com Frias naquela viagem a Nova York.
Em postagens seguintes, Porciuncula ainda escreveu que "por trás de todo crítico do governo há uma teta vazia. Esta é uma regra recorrente na elite artística arrogante". E voltou à carga contra Paulo Coelho, a quem ele chamou de "maconheiro escritor de livro de colorir".
Mais tarde, ainda no domingo, Porciuncula pareceu se dirigir às críticas a respeito das mudanças recentes na Lei Rouanet, que encontraram resistência entre artistas. "Todas as mudanças partiram do pressuposto que há uma diferença crucial entre cultura e a indústria do entretenimento artístico", escreveu.
"A cultura é um algo muito mais amplo, é o evento teofânico em que a própria civilização brota. Já o entretenimento artístico é um produto econômico e deve ser tratado como tal, sob as leis do mercado."
Na semana passada, o governo oficializou um pacote de mudanças que incluiu arte sacra no âmbito da Rouanet e limitou os ganhos de artistas contemplados a R$ 3.000, diminuição de mais de 93% no cachê que era permitido até então, de R$ 45 mil.