Representantes da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmaram que o ex-mandatário disse nesta quarta-feira (26) a investigadores da Polícia Federal que publicou por engano em uma rede social vídeo repassado a ele que questionava a lisura das urnas eletrônicas.
O ex-presidente ainda estaria sob efeito de medicamentos quando fez a postagem, por ter sido hospitalizado.
Segundo a defesa, o ex-presidente teria recebido o vídeo e queria armazená-lo para assistir mais tarde, quando acabou postando por engano. Bolsonaro, diz a sua defesa, não teria se dado conta que realizou postagem, que acabou removida por auxiliares em seguida.
Leia mais:
Gerson Guariente avalia que o Orçamento de 2025 será difícil de ser realizado por Tiago Amaral
Isenção de IR para quem ganha até R$ 5.000 só ocorrerá com condições fiscais, dizem Lira e Pacheco
Código de Posturas será debatido em audiência pública na Câmara de Londrina
Kassio rejeita notícia-crime de Boulos contra Tarcísio no TSE por fala sobre PCC
Bolsonaro foi intimado a depor à PF por ter compartilhado nas redes sociais, dois dias depois da invasão do Palácio do Planalto, um vídeo de ataques à segurança das urnas eletrônicas. A postagem foi feita dois dias depois do 8/1, e apagada pouco depois de ser tornada pública.
O ex-presidente depôs por cerca de duas horas no âmbito da investigação que apura os ataques golpistas de 8 de janeiro. O inquérito mira os autores intelectuais da investida golpista que desaguou na invasão e depredação de Palácio do Planalto, Congresso e STF (Supremo Tribunal Federal).
Ele permaneceu na sede da PF em Brasília das 8h45 às 11h20.
Ao longo de seu mandato (2019-2022), Bolsonaro acumulou declarações de cunho golpista e, ao perder as eleições, além de não reconhecer o resultado, incentivou apoiadores a permanecer em acampamentos que pediam às Forças Armadas uma intervenção federal que impedisse a posse do presidente Lula.