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Bolsonarismo e lava-jatismo perdem peso nas campanhas em Curitiba

Catarina Scortecci - Folhapress
02 out 2024 às 09:45
O presidente Jair Bolsonaro e o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), em solenidade de Lançamento da Campanha do Projeto Anticrime.
- Alan Santos/PR
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Nomes fortemente associados ao bolsonarismo e ao lava-jatismo estão sem destaque nas campanhas à Prefeitura de Curitiba, capital que ganhou fama no auge da Operação Lava Jato e onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez quase 65% dos votos na disputa com o presidente Lula (PT) em 2022.

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Com quase um mês de campanha na TV, Paulo Martins, filiado ao PL e candidato a vice na aliança com Eduardo Pimentel (PSD), e a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil), candidata a vice na chapa encabeçada por Ney Leprevost (União Brasil), fizeram participações tímidas ao lado dos seus respectivos prefeituráveis, principalmente Martins, que quase não foi visto na tela.

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Atual vice-prefeito, mas pouco experimentado nas urnas, Pimentel preferiu colar nas duas principais lideranças do seu partido, o prefeito Rafael Greca e o governador Ratinho Junior, figuras frequentes na sua propaganda eleitoral. "Eu preparei o Eduardo para este momento", diz o prefeito na TV.


Já Ratinho é chamado pelo candidato de "parceiro de primeira ordem".

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O ex-deputado federal Paulo Martins, com sua bandeira anti-PT, foi o candidato de Bolsonaro na disputa ao Senado em 2022, ficando em segundo lugar na corrida, vencida por Sergio Moro (União Brasil). Por conta do desempenho no pleito, foi alçado pré-candidato natural do PL à prefeitura, mas isso não durou.


Ratinho Junior, amigo de Paulo Martins e aliado do ex-presidente, conseguiu trazer o PL para a chapa de Pimentel, apesar da resistência de Greca ao bolsonarismo. O próprio Bolsonaro, contudo, não é um aliado lembrado na campanha do atual vice-prefeito e sua agenda até aqui passou longe de Curitiba.

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O partido Novo, de Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato, também faz parte da coligação de Pimentel, e um depoimento breve dele em apoio ao candidato já foi levado ao ar. Mas o discurso de combate à corrupção e contra o PT, que o ajudou a se eleger deputado federal em 2022 (cassado no ano seguinte), não tem espaço na eleição municipal.


Na capital do Paraná, os temas das campanhas se voltaram para o dia a dia da cidade. Entre os problemas explorados pelos adversários de Pimentel estão, por exemplo, o alto valor da passagem de ônibus, a falta de vagas em creche e o crescimento do número de pessoas em situação de rua.

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Na pré-campanha, em julho, Rosângela Moro, mulher de Sergio Moro, ainda tentou engajar o antipetismo, ao afirmar que um dos motivos para ter aceitado o convite para integrar a chapa do União Brasil era "impedir o avanço do PT nos nossos municípios". Também disse que, pela primeira vez, Curitiba tinha uma chapa "em que há uma legítima representante da República de Curitiba, que muito nos orgulha".


O senador, ex-juiz da Lava Jato, também disse na ocasião ter sido convidado para contribuir com o plano de governo de Leprevost para a área de segurança pública e mencionou a ideia de criar uma agência municipal anticorrupção.

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Na avaliação do União Brasil, a entrada do casal Moro na campanha traria um peso na disputa com Pimentel, que tem a máquina municipal e estadual nas mãos. Mas a mais recente pesquisa Quaest, publicada há duas semanas, mostrou Pimentel na frente, com 36% das intenções de voto. Com 12%, Leprevost aparece em segundo lugar empatado tecnicamente com Luciano Ducci (PSB), que tem 15%.


A eleição em Curitiba é considerada um teste para Moro, que tem pretensões de sair candidato ao governo estadual em 2026, quando disputaria com nomes do grupo de Ratinho Junior, como o deputado estadual Alexandre Curi (PSD) e o próprio Greca.

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Mas a bandeira anti-PT do casal Moro perdeu força na campanha em Curitiba, onde a legenda do presidente Lula preferiu não ter candidatura própria e apenas integra a coligação dos candidatos do PSB e do PDT.


Da década de 1980 para cá, o PT sempre figurou como cabeça de chapa, com exceção da disputa de 2012, quando indicou a petista Mirian Gonçalves para ser vice de Gustavo Fruet (PDT), aliança vencedora nas urnas daquele ano. Em todos os outros pleitos, o PT apresentou candidatos à principal cadeira do Executivo, mas nenhum dos nomes foi eleito.


Assim como Bolsonaro na campanha de Pimentel, Lula também não é um aliado lembrado nos vídeos de Luciano Ducci, embora "programas do governo federal" sejam mencionados e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, já tenha dado seu depoimento de apoio.


Mas, ao contrário de Pimentel e Paulo Martins, Ducci faz a campanha colado no seu candidato a vice-prefeito, Goura (PDT), que aparece na TV praticamente tanto quanto o cabeça da chapa.


A estratégia é conquistar o voto do eleitorado da esquerda que tem proximidade com Goura e resiste a Ducci, que já foi aliado dos tucanos em uma época que o PSDB era o principal antagonista do PT.


Ducci também votou em 2016 a favor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), seguindo orientação do próprio PSB, hoje sigla de Geraldo Alckmin, vice de Lula.


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