Supostas irregularidades
O vice-prefeito de Curitiba, Beto Richa, foi indicado pelo comando nacional do PSDB para assumir a comissão provisória do partido no Paraná.
O comando tucano vinha sendo disputado internamente pelos grupos de Beto e do deputado federal Luiz Carlos Hauly.
O nome de Beto só ganhou força depois de naufragada a articulação que tentou emplacar o ex-secretário-geral da presidência da República Euclides Scalco.
A indicação de Beto tem reflexos. Perde força o plano de Hauly de fortalecer a ala tucana que ainda mantém laços com o senador Alvaro Dias, ex-tucano.
Alvaro deixou o PSDB, para filiar-se no PDT, sob a ameaça de expulsão por ter aderido à CPI da Corrupção, contra o governo FHC.
Derrotado nas últimas eleições ao governo, Alvaro ensaiou retorno ao ninho. O primeiro passo da estratégia foi dado pelo seu suplente no Senado, Olivir Gabardo, quando este voltou ao PSDB.
Se por um lado as portas para Alvaro se fecham, a indicação de Beto cria clima favorável para a filiação do também senador Osmar Dias.
Ao contrário de Alvaro, o irmão é bem visto e está sendo namorado. Osmar reúne condições para ser candidato ao governo em 2006. Atributos que Beto não demonstrou nas eleições passadas.
O tucano amargou o quarto lugar, ficando atrás dos candidatos do PMDB, PDT e PT. No comando do PSDB, mesmo que provisoriamente, ao filho do ex-governador José Richa resta trabalhar para se viabilizar como candidato do PSDB à Prefeitura de Curitiba, cargo que também almeja.
Além de Beto, compõem a comissão provisória tucana o deputado estadual Francisco Buhrer, que será o secretário; e os colegas de Assembléia Hermas Brandão; Ademar Traiano; e Nelson Tureck.
Os deputados federais Luiz Carlos Hauly e Affonso Camargo também foram indicados, além da ex-candidata ao Senado e atual diretora do Teatro Guaíra, Nitis Jacon.