Citado em matéria de rede nacional como um dos deputados com prestação de contas com gasto de combustível fora da realidade, o deputado federal Boca Aberta (PROS) nega ter cometido irregularidades. Na noite de domingo (18), o programa Fantástico, da Rede Globo, exibiu uma reportagem citando gastos exorbitantes de parlamentares. Entre janeiro de 2019 e dezembro de 2020, a despesa foi de mais de R$ 367 milhões. Apenas em relação aos combustíveis, foram gastos mais de R$ 27 milhões. O levantamento foi feito pelo Instituto OPS (Observatório Política Supervisionada), que fiscaliza os gastos com o dinheiro público, sobretudo da verba indenizatória dos deputados federais e senadores.
Boca Aberta está em uma lista de 104 deputados investigados pelo instituto independente, que encontrou "possíveis irregularidades". A matéria sustenta que o político londrinense fez 120 abastecimentos em apenas um minuto entre às 06h23 e 06h24 do dia 1º de janeiro de 2020. Questionado pelo repórter, ele rebateu que os cupons foram "preenchidos de forma errada". A investigação foi batizada como Operação Tanque Furado. O resultado foi encaminhado para apreciação do TCU (Tribunal de Contas da União).
Procurado pela FOLHA, Boca Aberta se referiu à emissora televisiva como "Globolixo" e disse que vai acionar o veículo de comunicação na Justiça.
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Cada deputado federal tem disponível R$ 6 mil por mês para gastar com combustível. Os casos foram encaminhados ao MPF (Ministério Público Federal), TCU (Tribunal de Contas da União) e à Câmara dos Deputados para que as medidas necessárias sejam tomadas. "O encaminhamento ao MPF é para que acionem a Justiça, caso o órgão venha considerar as irregularidades apontadas no relatório. Para o TCU e a Câmara exigimos a restituição dos valores utilizados e supostamente indevidos e também alterações das regras internadas de ressarcimento da verba indenizatória. Isso porque da forma que foi apresentado é bem possível que o contribuinte esteja sendo lesado por esses políticos", disse o diretor presidente do Instituto OPS, Lucio Big, em entrevista à FOLHA.
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