Após cassação de mandato, o ex-vereador Emerson Petriv, o Boca Aberta, 'ressurgiu' na tarde desta quarta-feira (24) nos conflitos envolvendo os vereadores Mario Takahashi (PV) e Rony Alves (PTB). Boca Aberta esteve presente no momento em que Takahashi chegava ao Centro de Reintegração Social de Londrina (Creslon) para colocar a tornozeleira eletrônica, após operação deflagrada pelo Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na Câmara Municipal de Londrina e em outros locais da cidade.
Em frente ao Creslon, Boca Aberta filmava Mario Takahashi e dizia: "não tem vergonha, Mario Takahashi? Isso aqui, mudança de zoneamento. O senhor que assinou minha cassação. Vai pedir minha prisão lá agora? Medida restritiva? Vai por tornozeleira no pé?".
Veja o vídeo:
Em outubro do ano passado, após interrogatório da Comissão Processante (CP) da Câmara de Vereadores, Boca Aberta alegou "perseguição política" e criticou o relator da investigação, Rony Alves. Na mesma época, o advogado Eduardo Duarte Ferreira, que defendia Boca Aberta, protocolou um pedido de investigação contra Rony Alves, sob a suspeita de fraude na prestação de contas quando era presidente da Câmara de Londrina. Boca Aberta também acusava Takahashi de ser dono de um cassino clandestino na Gleba Palhano. No entanto, Takahashi e Rony sempre negavam "perseguição política" alegada por Boca Aberta, e diziam que ele teve várias oportunidades de defesa. Durante todo o mandato de Boca Aberta na Câmara, ele e mais outros vereadores sempre estiveram envolvidos em conflitos.
Após a cassação de Boca Aberta, as polêmicas continuaram. Em outubro de 2017, um dia após Emerson Petriv perder o mandato,Takahashi deu voz de prisão ao ex-vereador, após ofensas e supostas ameaças quando dava uma entrevista a uma emissora de televisão. Mas, na ocasião, os seguranças não puderam contê-lo, por estarem ao lado de fora do prédio. O presidente da Câmara e os vereadores Jamil Janene (PP) e Rony Alves (PTB), que também se sentiram ameaçados, estiveram no 4º Distrito Policial para registrar boletim de ocorrência contra Boca Aberta.
Em 26 de outubro de 2017, o juiz da 5ª Vara Criminal de Londrina, Paulo César Roldão, determinou que o ex-vereador Boca Aberta, não poderia frequentar os mesmos lugares que os vereadores Alves, Janene e Takahashi. Na mesma decisão, Roldão impôs medidas restritivas de 500 metros "para preservar a integridade física dos requerentes".