O anúncio de um suposto boicote à carne brasileira nas unidades francesas do Carrefour gerou reações contundentes de pecuaristas e representantes políticos do Brasil. Após a pressão do setor produtivo nacional, a rede varejista recuou, mas o episódio trouxe repercussões no âmbito político e econômico.
O deputado federal Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara Federal, publicou uma série de medidas que cobram de autoridades e instituições respostas ao caso como forma de prevenir novos incidentes. Entre as ações, Barros destacou o envio de questionamentos ao embaixador da França no Brasil para entender se a decisão do Carrefour reflete uma política oficial do governo francês.
O parlamentar também solicitou que representantes do Carrefour no Brasil compareçam à Comissão de Agricultura da Câmara para prestar esclarecimentos. Além disso, Barros requisitou ao Itamaraty a submissão de uma denúncia formal à OMC (Organização Mundial do Comércio) e à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Outras ações incluem o pedido de audiência no Parlamento do Mercosul para debater estratégias unificadas contra boicotes no bloco e a consulta ao Parlamento Europeu para verificar se a medida representa uma diretriz europeia.
Barros também acionou o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitando a abertura de auditoria sobre o caso, além de demandar investigações do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para identificar possíveis irregularidades ou interesses protecionistas no episódio.
O deputado pediu ainda ao Ministério da Fazenda e à Receita Federal uma avaliação sobre benefícios fiscais concedidos ao Carrefour no Brasil, bem como ao Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) um estudo detalhado sobre o impacto econômico de boicotes semelhantes.
Deputado cobra medidas após boicote à carne brasileira pelo Carrefour
Deputado Filipe Barros reage ao boicote à carne brasileira no Carrefour, propondo medidas para investigar e prevenir novos incidentes políticos e econômicos.
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