Agentes penitenciários e policiais civis garantem que, se necessário, entrarão em greve, apesar da ameaça de demissão coletiva feita nesta quinta-feira (26) em Londrina pelo governador Roberto Requião (PMDB). O governador disse que nenhuma das categorias tem motivo para paralisar as atividades e, no caso dos agentes, enfatizou que não pretende atender qualquer das reivindicações, já que eles têm "o melhor salário" do Brasil.
O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Clayton Agostinho Auwerter, disse à Folha de Londrina que a categoria começará a paralisação assim que conseguir derrubar obtida pelo governo que impediu a realização da greve, que estava marcada para sábado passado (21).
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Londrina (Sindipol), Ademilson Antonio Alves Batista, também garantiu que não se intimidou com as declarações de Requião. "O governador fez um discurso para a população e não para os servidores, que conhecem seus direitos", afirmou ao Bonde.
O sindicalista lembrou que a demissão de servidores concursados dependeria de processo administrativo por falta grave. "Para começar, o governador teria que obter da Justiça uma decisão considerando a greve ilegal", afirmou. "Além disso, não é tão rápido contratar policiais civis. Só o curso de capacitação leva quatro meses".