O presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), vereador Denílson Pires, foi preso na manhã desta terça-feira (31) durante operação do Gaeco. Outras três pessoas também foram detidas: o advogado do sindicato, o tesoureiro e um funcionário.
Pires é acusado de formação de quadrilha e de desviar dinheiro do sindicato. Além das prisões, o Gaeco cumpriu 17 mandados de busca e apreensão. Também foram apreendidos aproximadamente R$ 120 mil em dinheiro na sede do sindicato e R$ 15 mil na casa do diretor financeiro.
Segundo verificado até então pelo GAECO, o SINDIMOC tem orçamento superior a R$10 milhões, parte desse valor oriunda do pagamento da passagem pelos usuários do sistema de transporte público. Consta nas investigações ainda que o mesmo grupo estaria à frente desse sindicato desde sua fundação. Nesse período, o então presidente, Aristides da Silva, conhecido como "Tigrinho", foi executado a tiros por pistoleiros na praia de Itapoá, Santa Catarina, em 1998. Recentemente, o ex-diretor da entidade, Alcir Teixeira, conhecido como "Zico", foi morto da mesma forma, em 2009, após afirmar que iria denunciar as irregularidades ao Ministério Público.
Também constam denúncias de que o atual presidente do SINDIMOC teria usado verbas e a estrutura do sindicato para se eleger vereador e que uma assessora parlamentar que consta na folha de pagamento da Câmara de Vereadores de Curitiba e não cumpre expediente no Legislativo atende no escritório político do vereador. Na saída do Sindimoc, hoje pela manhã, Denilson Pires disse desconhecer o fato.
Os mandados de busca e apreensão foram assinados pelo juiz Pedro Luiz Sanson Corat e prevê o recolhimento de documentos. As informações são da Banda B.