Sete pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (19) em Curitiba acusadas de integrar uma quadrilha que durante cinco anos causou um prejuízo de aproximadamente R$200 milhões ao INSS. Na capital, a Justiça expediu nove mandados de prisão e 17 de busca e apreensão.
Além do Paraná, a Polícia Federal realiza a operação Anos Dourados no Rio de Janeiro, Goiás e Rio Grande do Sul. Só no Rio de Janeiro, segundo a Agência Estado, 25 pessoas haviam sido detidas até o final da manhã. Os policiais e analistas previdenciários trabalham com 69 mandados de prisão e 95 mandados de busca e apreensão. A maioria dos mandados é contra servidores da Previdência, mas a polícia também procura donos de cartórios, advogados e empresários.
O esquema, que contava com cerca de cem pessoas, consistia na inserção fraudulenta de vínculo laboral para simular um suposto período contributivo, com o fim de obter benefício previdenciário; para isso os fraudadores valiam-se de empresas, em nome das quais prestavam informações incorretas à Previdência.
O nome Anos Dourados deve-se ao fato de a maioria dos investigados e dos beneficiários ter nascido nas décadas de 40 e 50; mas também deve-se aos anos de contribuição inseridos de forma irregular. Dourado, segundo a PF, também significa valor, que é o dinheiro subtraído dos contribuintes da Previdência.