Com a onda crescente de golpes aplicados através de plataformas virtuais, questiona-se: quem são os criminosos que praticam esse tipo de crime? Existe um perfil?
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Segundo o delegado Edgard Soriani, responsável pelo 1º Distrito Policial de Londrina, que investiga crimes de estelionato, os golpes aplicados geralmente vêm de dentro de presídios.
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"Essas quadrilhas são do Mato Grosso, de São Paulo e do Rio de Janeiro, nenhuma é do Paraná", esclarece. Além disso, geralmente as contas bancárias usadas para os golpes são de outros estados, de titularidade de laranjas, esposas, companheiras e parentes dos criminosos, o que dificulta a investigação, pois o crime é de competência estadual.
O delegado ainda indica que uma boa parte desses estelionatos têm sido praticados dentro de uma penitenciária de Cuiabá (MT), que tem problemas de superlotação, contando com aproximadamente 2 mil presos. Soriani relatou que, há poucos meses, uma tentativa de revista nas celas da unidade ocasionou um princípio de rebelião.
O fato de o golpe ser aplicado atravessando mais de um estado é o principal fator que dificulta a investigação. Como aponta o delegado, após abrir o inquérito em Londrina, ele envia uma precatória para outro estado, determinando que a pessoa que recebeu o dinheiro seja ouvida. Até ela ser encontrada, passam-se de 6 a 8 meses. "A investigação fica quebrada e de difícil solução”, afirma.
Por isso, o delegado defende que, nesses tipos de estelionato, que atravessam mais de um estado, a sistemática da investigação seja alterada, enviando-se o inquérito para outro estado depois das partes serem ouvidas em Londrina.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.