Além do golpe de clonagem do aplicativo WhatsApp, que foi recentemente tratado pelo Bonde, tem surgido outra modalidade de estelionato virtual: a clonagem de celular.
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Nesse tipo de estelionato, o criminoso consegue transferir a linha da vítima para si e, por consequência, acessar todos os dados, aplicativos, e-mails e até contas bancárias que estejam cadastrados no chip. É possível também usar o WhatsApp da pessoa.
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O golpe acontece da seguinte maneira: a vítima está usando seu celular normalmente quando, sem qualquer explicação, ele para de funcionar e ela perde acesso à linha e aos seus aplicativos.
Isso acontece porque o criminoso vai pessoalmente a uma loja da operadora de comunicações e, utilizando-se de uma identidade falsa, passa por outra pessoa, inventa uma história para o funcionário e consegue transferir a linha da vítima para si mesmo.
Em posse da linha da pessoa no seu chip, o estelionatário consegue acessar não só o WhatsApp, mas todo o conteúdo que a vítima tenha salvo no seu chip, acessando redes sociais, e-mails e até mesmo aplicativos de bancos.
Como esclarece o delegado Edgard Soriani, responsável pelo 1º Distrito Policial de Londrina, que apura crimes de estelionato, nesse tipo de golpe, a empresa que faz a transferência também é responsável por não adotar medidas mínimas de cuidado e proteção ao consumidor dos seus serviços. Segundo Soriani, se "uma empresa de telecomunicações não tem ao menos um banco de dados para guardar os documentos [do estelionatário], tem que ser responsabilizada à altura”.
Contudo, é um tipo de golpe mais fácil de ser apurado do que a clonagem do WhatsApp porque o criminoso tem que ir pessoalmente à loja da empresa de telecomunicações, o que deixa um "rastro” para a investigação.
Em 2020, foram registrados 4 golpes dessa modalidade no 1º Distrito Policial de Londrina.
*Sob supervisão de Larissa Ayumi Sato.