Na zona norte
O delegado Jairo Estorílio, titular da delegacia de Almirante Tamandaré (Região Metropolitana da Curitiba), confirmou suas suspeitas, na manhã desta terça-feira (25), durante a reconstituição do assassinato do estudante Bruno Strobel Coelho Santos, 18 anos, encontrado com um tiro na cabeça, no início deste mês. Bruno teria sido morto por três vigilantes da empresa de segurança privada Centronic depois de ser flagrado pichando o muro de uma clínica no bairro Alto da XV, na capital. Segundo a AEN, a simulação foi acompanhada pelos advogados de defesa e pelo promotor Marcelo Brígio, representando o Ministério Público.
Douglas Rodrigo Sampaio Rodrigues, 26 anos, Eliandro Luiz Marconcini, 25, dois dos acusados pela da morte do estudante, participaram da reconstituição e confirmaram a história contada à polícia quando foram presos. Marlon Balem Janke, 30, o vigilante que seria o autor do disparo, não quis participar da reconstituição. "Ele nega toda a história. Ninguém é obrigado a participar de reconstituição", informou o delegado.
Segundo o delegado Estorílio, está confirmado que Marlon atirou no estudante. "Antes do assassinato, Marlon e Eliandro colocaram o Bruno no porta-malas do carro, em Curitiba, na sede da Centronic. De lá foram até um posto, na margem da Rodovia dos Minérios, no centro de Almirante Tamandaré, onde Douglas entrou no veículo. Em seguida, os três levaram o estudante para o quilômetro 16 da mesma rodovia, onde Marlon atirou no Bruno", explicou o delegado. Durante a reconstituição, Eliandro e Douglas negaram ter ouvido o disparo, mas isso não muda a interpretação do delegado com relação à autoria do crime.
A reconstituição começou do momento em que Marlon e Eliandro teriam buscado Douglas no posto de gasolina, de acordo com informações da AEN. "Não precisamos fazer a reconstituição do que ocorreu na empresa. Não temos nenhuma dúvida do que aconteceu lá", justificou o delegado. Estorílio informou que concluiria o inquérito no final da tarde desta quarta-feira (25).