O suspeito de homicídio Rafael Meira Taborda, de 23 anos, que usava o nome do irmão, André Meira Taborda, para despistar a polícia, foi pego pela Guarda Municipal de Curitiba, no último dia 22. Ele tem várias passagens pela polícia e era foragido da Justiça desde 2009.
No início do mês de setembro deste ano, a Polícia Militar encontrou um corpo, em Campina Grande do Sul (região metropolitana de Curitiba), que foi identificado como Cleberton Henrique Rodrigues, de 20 anos, morador do bairro Sítio Cercado, em Curitiba.
Nas investigações, foi apurado que no dia em que o corpo foi encontrado, o veículo Gol, placa CAW-8180, que hoje está apreendido no pátio da delegacia, teria sido utilizado para transportar o cadáver da vítima para o bairro Cohab. O motorista perdeu o controle do veículo e acabou caindo em uma vala. Diante do fato, o corpo foi retirado do carro e abandonado do lado de fora.
Segundo o delegado da delegacia de Campina Grande do Sul, Gerson Alves Mahado, a vítima foi transportada por Rafael. A dona do veículo foi interrogada, mas em depoimento não falou a verdade a respeito do crime e também foi indiciada no inquérito policial.
FORAGIDO - Rafael já esteve preso na Delegacia de Furtos e Roubos e é foragido da delegacia de Colombo e da Colônia Penal Agrícola. Em setembro, foram entregues na casa dos pais do rapaz, intimações para comparecer à delegacia, porém, como ele não compareceu, foi solicitada a prisão temporária.
No último dia 30, a dona do veículo foi até a delegacia, onde foi submetida a interrogatório complementar, informando que Rafael tinha sido preso pela Guarda Municipal e conduzido à Delegacia de Vigilância e Capturas, onde havia um mandado de prisão por fugido em aberto.
IRMÃO - Na delegacia, foi comprovado que o mandado estava em nome do irmão, André Meira Taborda. A polícia confirmou que Rafael usava o nome de André desde julho de 2009, quando foi preso pela PM em Colombo, por porte ilegal de arma, mas de um mês depois da prisão, Rafael e outros dez presos fugiram da delegacia, razão pela qual o juiz, em março deste ano, expediu mandado de prisão por fuga.
O preso foi encaminhado ao Centro de Triagem II, em Piraquara, ainda se identificando como André, seu irmão. Nesta quinta-feira (1º), André foi ouvido na presença de advogado e a polícia esteve no CT II, onde conversou com Rafael. O rapaz confessou ter usado de forma criminosa o nome do seu irmão, além de ter contra si o mandado de prisão pelo homicídio de Cleberton.