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Norte do Paraná

Por herança de R$ 15 milhões, genro confessa plano para matar o sogro

Redação Bonde com Polícia Civil
05 mai 2016 às 17:14

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- Divulgação/Polícia Civil
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Menos de uma semana depois da morte do empresário português Garcia Pereira Marques, de 62 anos, a Polícia Civil de Maringá, no Norte do Paraná, prendeu nesta quinta-feira (5) três pessoas e desvendou um engenhoso plano arquitetado para matar a vítima. Entre as pessoas detidas está Cosme Alexandre Bombachini, 32 anos; Lenice Mariano Pereira, de 39; e Daiane Elias Luiz, de 29.

Bombachini é genro de Marques e confessou à polícia ter planejado a morte do sogro. Lenice é a empregada doméstica que trabalhava na casa de Bombachini. Foi ela quem disparou contra o empresário e para isso receberia R$ 20 mil. Daiane foi chamada por Lenice para dirigir o carro usado no crime e receberia R$ 2,5 mil. Para a polícia, uma das suspeitas é que o genro planejou a morte do empresário para ficar com a herança – estimada em cerca de R$ 15 milhões.

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"Foi uma investigação tensa, complexa e que demonstrou o comprometimento dos investigadores das delegacias de Furtos e Roubos e da de Homicídios de Maringá na busca da veracidade dos fatos. Foi uma resposta rápida da Polícia Civil que primeiramente se deparou com informações falsas do crime, mas que após diligências conseguiu chegar à autoria do homicídio", avaliou o delegado- titular da 9ª Subdivisão de Maringá, Osmir Ferreira Neves Júnior.

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Crime

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O empresário morreu na noite do último sábado (30) numa estrada rural. Bombachini procurou a polícia pouco antes das 23h e relatou que era genro da vítima e que eles teriam saído de sua residência em direção a uma farmácia, quando foram abordados por um veículo. Neste momento, segundo Bombachini, os homens do carro anunciaram um assalto.


O genro fala que conseguiu fugir e houve uma perseguição que se estendeu até uma estrada rural, quando ele e o sogro foram abordados pelos assaltantes. Neste momento, ainda de acordo com a versão do genro, o empresário teria sido rendido, mas Bombachini teria fugido e dirigiu o carro, a toda velocidade, até a delegacia para comunicar o caso.

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A partir deste boletim de ocorrência, a polícia começou a investigar. Ao ter acesso às câmeras de segurança dos locais por onde Bombachini disse ter passado, os policiais perceberam que as imagens não condiziam com a versão dele. Uma das câmeras instaladas próximas a uma rotatória, local onde ele disse que foi abordado por assaltantes, as imagens mostram o carro de Bombachini andando devagar e sem qualquer outro veículo próximo. O carro dele chega a ficar parado na rotatória até o momento que um veículo escuro se aproxima.


A polícia acredita que Bombachini estava aguardando Lenice chegar para abordá-los num falso assalto. A partir daí, os dois veículos se deslocaram até a zona rural – onde o empresário foi morto. Minutos depois, as câmeras captam a imagem do carro de Bombachini retornando.

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Confissão


Após algumas diligências, a polícia desvendou o plano e pediu a prisão temporária de Bombachini. Quando confrontado com as imagens das câmeras, ele confessou o crime. O homem disse que planejou a morte do sogro, com quem tinha um relacionamento difícil.


A arma usada foi um revólver calibre 38 de propriedade do próprio Bombachini. Ele afirmou que entregou a arma para Lenice horas antes do crime. O revólver foi apreendido pela polícia na casa de uma amiga de Lenice – que foi autuada em flagrante por posse de arma de fogo. Segundo a polícia, esta mulher não tem envolvimento no crime – assim como a filha da vítima.

Bombachini, Lenice e Daiane responderão pelo crime de homicídio qualificado. Ele ainda responderá por falsa comunicação de crime. Se condenados eles poderão pegar até 30 anos de cadeia.


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