O policial militar Silvio Alves Moreira, de 31 anos, foi morto com um tiro na cabeça por dois homens que participavam de um assalto ao Banestado de Agudos do Sul (a 70 quilômetros de Curitiba), por volta das 9h30.
Enquanto três assaltantes roubavam o banco, outros dois davam cobertura do lado de fora. Ao verem a Toyota caracterizada conduzida pelo policial, que fazia a ronda na região, a dupla disparou rajadas de metralhadora nove milímetros e tiros de pistola calibre 45 contra Moreira que, sem reagir, morreu na hora. O policial nem sabia que o assalto estava acontecendo.
O assalto começou por volta das 9 horas, quando cinco homens armados chegaram ao banco a pé, renderam o vigia e tomaram dele a arma calibre 38 que trazia na cintura. Depois disso, três assaltantes entraram no banco, renderam o gerente e os caixas, e ordenaram que os dez clientes que estavam na fila ficassem imobilizados.
Em seguida, saquearam os caixas, que continham cerca de R$ 8 mil e forçaram o gerente a abrir o cofre. Como a fechadura do cofre é programada, os ladrões teriam de esperar dez minutos para que o equipamento fosse aberto. Foi nesse período, que os homens que estavam do lado de fora, mataram o policial militar. Assustados com o tiroteiro, o trio fugiu sem esperar o cofre se abrir, mas levou os R$ 8 mil.
A fuga foi cinematográfica. Os bandidos saíram do local atirando. Como estavam a pé, tomaram o carro de um dos gerentes do banco, o Polo Classic (placa MEG 0074). Dez quilômetros depois de Agudos do Sul, na localidade de Pien, incendiaram o automóvel e fugiram em outro carro, na companhia de outros integrantes da quadrilha que esperavam pelos assaltantes.
O banco fica a dez metros da delegacia, que tem apenas um escrivão para atender aos mais de 10 mil moradores do município.
O delegado Noel Francisco da Silva, que é responsável pela comarca que compreende quatro municípios, enviou, de Fazenda Rio Grande (a 50 quilômetros de Agudos do Sul e sede da comarca), três investigadores para apurarem o crime. Policiais militares do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da Ronda Ostensiva de Natureza Especial (Rone) vasculhavam ontem a região na tentativa de encontrar os criminosos. O delagado também instaurou inquérito policial.
"Caso hoje não consigamos capturá-los, amanhã começaremos a colher os depoimentos dos funcionários do banco para depois pedirmos ao Instituto de Criminalística de Curitiba a confeccão dos retratos falados dos mesmos", afirmou o delegado.