Para não prejudicar a retomada das negociações com o governo federal em torno das reivindicações da categoria, agentes, escrivães e papiloscopistas decidiram interromper a greve iniciada há cerca de dois meses e voltaram ao trabalho nesta quinta-feira.
Segundo o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, à exceção de Sergipe, os sindicatos regionais de todas unidades federativas se manifestaram a favor do retorno às atividades após a realização de assembléias nesta quarta. Garisto afirmou que os policiais de Sergipe terão que acatar a decisão da maioria.
O fim da paralisação atende a um pedido do presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) e de um grupo de senadores, que vão intermediar as negociações com o Executivo.
De um total de oito mil policiais federais, cerca de sete mil servidores haviam aderido à greve. A categoria reivindica o pagamento de salário equivalente à escolaridade de nível superior para os cargos de agente, escrivão e papiloscopista, com base na lei 9.266/96, que tornou obrigatório o terceiro grau para o ingresso na PF.
Segundo o Ministério da Justiça, o impacto anual de R$ 600 milhões na folha de pagamento da União, além de questões legais, impedem a concessão do reajuste.
Informações da ABr