A Polícia Civil de Bela Vista do Paraíso (40 km de Londrina) poderá investigar a suposta troca de mensagens pelo WhatsApp entre Durval Messias dos Santos, 18 anos, e familiares para despistar a investigação de que o jovem seria o responsável pelo assassinato do vigilante Luis Antônio Ferracin, 58 anos. Ele foi morto no começo de maio com três tiros no rosto e cabeça.
A autorização de acessar o conteúdo dos celulares apreendidos foi dada na última sexta-feira (17) pelo juiz Helder José Anunziato, que, na mesma decisão, aceitou a denúncia de homicídio qualificado do Ministério Público e manteve a prisão preventiva do rapaz. "É importante anotar que a autorização de quebra do sigilo telefônico serve para averiguar dados necessários à investigação. O Judiciário não pode dificultar o trabalho da autoridade policial no combate à criminalidade", escreveu.
Segundo a Polícia Civil, a vítima, que trabalhava como segurança autônomo, foi morta pela disputa de clientes com o concorrente. Durval Neto teria esperado Luís Ferracin passar em um local ermo, sem câmeras e testemunhas para só então atirar. A arma utilizada no crime, um revólver calibre 32, foi apreendida dentro do computador do acusado com duas cápsulas deflagradas.