Polícia

Polícia procura autores de chacina em cj. habitacional

01 nov 2012 às 19:14

A Polícia Civil de São Carlos (SP) tenta identificar os dois homens que teriam atirado e matado sete pessoas na maior chacina já registrada na cidade. Por enquanto, as principais pistas capazes de levar aos autores do crime são os depoimentos de duas pessoas que teriam presenciado a ação dos atiradores. Entretanto, como eles usavam capuzes, ainda não foi preciso definir com exatidão como seriam essas pessoas.

Mesmo assim, policiais dizem já ter uma descrição razoável dos suspeitos. Agora aguardam um novo depoimento que pode ajudar ainda mais a elucidar o mistério. Trata-se da versão de uma testemunha que deve comparecer na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) local para contar o que viu na madrugada de quarta-feira (31), quando as vítimas foram executadas.


Sem contar a polícia, a prefeitura também já se mobiliza no sentido de discutir essa ascensão da violência. O temor é no sentido de que a "guerra" entre policiais e criminosos esteja se deslocando da capital para o interior paulista. Essa questão foi tema de encontro entre autoridades do município e representantes de diversos setores na noite de quarta-feira (31).


As vítimas foram executadas com tiros de pistola nove milímetros em um conjunto da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Dos sete mortos (seis homens e uma mulher), apenas uma das vítimas tinha passagem policial pelos crimes de tráfico e roubo. Mas todas elas seriam usuárias de drogas. Somados a esses sete homicídios, a cidade registrou no total 12 casos do tipo no mês de outubro, dos quais 11 têm características de execução.

Somente o corpo da mulher ainda não foi enterrado, sendo os corpos dos seis homens sepultados nesta quinta-feira (1). Cinco foram enterrados em São Carlos e um levado para Jaú. A única vítima do sexo feminino deve ser enterrada também em São Carlos na sexta-feira (2). Para tentar chegar aos assassinos, a Polícia Civil destacou vários investigadores e dois delegados. "Vamos tentar dar uma resposta rápida à sociedade", disse Edmundo Gomes, titular da DIG. Os trabalhos de apuração não devem parar nem mesmo no feriado de Finados e no final de semana. Já a Polícia Militar cortou folgas e intensificou as ações preventivas na periferia do município.


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